domingo, 19 de junho de 2011

Mulheres na Policia








Mulheres na Polícia Militar
Em todo o Brasil, cerca de 10% do contingente de Policiais Militares são mulheres. Elas “invadiram” o terreno masculino na PM há muitos anos, vencendo muitos preconceitos.
Em 2008, a primeira Polícia Feminina do país, a de São Paulo, completou 53 anos. A idéia de empregar mulheres em missões policiais no Brasil surgiu na década de 50 e foi uma mulher, em 1953, que apresentou, no 1º Congresso Brasileiro de Medicina Legal e Criminologia, sua tese da necessidade de criação de uma polícia de mulheres e defendia que as mulheres eram tão competentes quanto os homens para realizar o trabalho de policial. Isso foi em 1953 e a mulher era Hilda Macedo, assistente da cadeira de Criminologia da Escola de Polícia.

Em janeiro de 1955, baseado na idéia de Hilda, o então governador do Estado, Jânio Quadros, pediu ao diretor da Escola de Polícia da época, Walter Faria de Queiroz, que estudasse a possibilidade de ser criada uma polícia de mulheres. Em 12 de maio de 1955 foi assinado o decreto 24.548, criando, na Guarda Civil de São Paulo, o Corpo de Policiamento Especial Feminino e foi escolhida para chefiar as mulheres, a própria Hilda Macedo, que tornou-se a primeira comandante da polícia militar mulher. Foi a primeira Polícia de mulheres do país e da América Latina. A elas foi atribuído o trabalho de proteger mulheres e jovens, missão que atendia as necessidades sociais da época.

Mas com a crescente violência, as mulheres passaram a fazer trabalhos como o dos homens e hoje elas portam armas e atuam no policiamento ostensivo, como qualquer PM homem.

A primeira mulher a comandar uma tropa masculina no Brasil foi a coronel Luciene Magalhães de Albuquerque, que em 1992 assumiu o comando do 34° Batalhão de Polícia Militar de Minas Gerais, onde, durante três anos, comandou 800 policiais homens. A região onde ela atuava era uma das que registrava os maiores índices de criminalidade na capital mineira, Belo Horizonte.

Ele institui então o Policiamento Comunitário, integrando seus homens com a população e o resultado foi dos melhores: os índices de violência na região caíram em até 90%. Para conseguir a adesão da comunidade, ela e seus policiais foram de rua em rua, de casa em casa, explicando aos moradores a importância de polícia e sociedade caminharem no mesmo rumo. Em 2007,
a coronel Luciene assumiu o cargo de subchefe do Estado Maior da Polícia Militar de Minas Gerais, o terceiro mais importante cargo na hierarquia de corporação.

2 comentários:

  1. Por mais que as mulheres se destaquem em cargos antes ocupados apenas por homens, ainda sim haverá o preconceito. Muitos homens não aceitam o simples fato de que hoje no mundo a igualdade está batendo a porta....

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  2. muito boa esta reportagem sobre as mulheres na policia, elas merecem um destaque maior da midia, e eu estou especialmente orgulhoso, por ver minha sobrinha, Juliana Ferraz, ser uma policial com tanto orgulho, e ser um exemplo no desempenho de sua função.Tenho certeza que o pai dela deve estar orgulhoso, e olhando por ela, aonde ele estiver, la no Céu, parabens a todas as mulheres policiais. Sidney Ferraz

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